7 de outubro de 2009

Sobre amor de irmãos

Hoje eu tive vontade de procurar ajuda profissional de um terapeuta, psicólogo, sei lá, alguém que talvez seja especializado em desabafos porque eu queria mesmo desabafar sobre minha lembrança. Lembrei que meu irmão, quando ainda era um molequinho de pés tortos no alto de seus 13 anos, me chantageava. Bom. Ele descobriu que eu fumava quando eu tinha 15 e ele 13. E ao descobrir isso ele resolveu que me tornaria escrava de suas ordens sempre meio fora de hora. Ou ele contaria para meu pai que era da turma do fundão, que tinha fama de maloqueira e que, além de tudo, fazia isso fumando. E meu pai nessa época era meio linha dura comigo. E minha mãe também. Resolvi ceder á chantagem barata. Algumas situações rápidas eram:

1. Eu deitada no meu quarto embaixo do edredon numa noite muito fria. Ele deitado no quarto dele debaixo do edredon. Ele gritava:


"Tatão! Água!" ou
"Tatão! Melancia cortada"! ou
"Tatão! Maçã sem casca"!

Enfim. Nem formava a frase. Era só a ordem. Eu levantava sem discutir porque discutir seria ter revelado o meu segredo cabeludo: eu era fumante.

2. Sozinhos em casa. Ele saindo para matine com os amigos.

Ele:
Tatão, faz um favor pro seu irmãzinho querido. Passa aquela minha camisa que eu quero sair com ela.

Eu: Hã? Passar camisa? Não! Isso não! Eu não sei passar camisas!

Ele: Por favor, Tatãozinha, vai. Faz isso pro irmãozinho, não tem problema que não sabe passar, vamos.

Eu: Você está de brincadeira, né?

Ele: Vai passar ou não vai? Conto ou não conto?

Eu: Tá bom, eu passo.

Tudo para não ficar de castigo sei lá eu quantos dias. Meu pai ia encher muito o saco apesar de ser fumante também.

3. Ele:
Tatão?
Eu: Tô deitada!
Ele: Que pena, brigadeiro de microondas!
Eu: Eu não vou, não quero mais!
Ele: tatão, tatão.......
Eu: Conta!
Ele: Olha que eu conto!
Eu: Conta, mas conta agora!

Minha mãe sai do quarto dela e se posiciona entre os dois quartos, no corredor e com as mãos na cintura...

Minha mãe:
Conta o que, Thiago?

Ele: Nada não mãe, tô torrando o saco do Tatão.

Ela: Certeza?

Ele: Absoluta, mãe.

No fundo no fundo ele não era um Chuck. Só queria uma mucama mesmo. Eu que fui burra de prestar serviços sob pressão tantos dias. Nada como o amor, o verdadeiro e sólido amor entre irmãos!!!

4 comentários:

Lulu on the sky disse...

Cara q chato isso.. Na boa eu não ia aguentar ser chantageada muito tempo.
Big Beijos

Anônimo disse...

Se soubesse antes,nem sei o que faria aos dois..rsrs
Ralhava com ele, e de certeza ralhava contigo, por se permitir ser chantageada..rsrs..Aff..ninguem merece..rsr
Moral da estoria, vais estar bem atenta aos teus rebentos !!

caroline disse...

Adoooooooro seu blog!
ahahahah

carol

Unknown disse...

Irmãos são assim mesmo...

Me lembro que minha mãe forçava a gente a ficar de bem fazendo com que a gente ficasse abraçado!
=P

beijo

 
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