30 de outubro de 2009

A assadeira da sogra.

Renato inventou de assar bananas depois de ser tomado inteiramente por um desejo mais forte que ele próprio. Ele colocou as bananas na assadeira, acendeu o fogo e foi para frente da TV.

Eu: Eu vou tomar banho, você não esquece as bananas no forno?

Ele: Vai tranquila, mor. Estou aqui.

Fui tranquila afinal ele estava ali. Quando sai ...

Eu: Renato, você está sentindo cheiro de queimado?

Ele: Sim, estou!

Eu: Como assim, sim estou?! Você tirou as bananas do forno?

Ele: Mor, você não acredita .... Não tirei!

Eu corro para ver as bananas envoltas em leite condensado queimado. Estavam torradas, pretas, secas e esturricadas. Sem dizer que a assadeira dragou o leite condensado. E sem dizer também que a assadeira era da minha sogra.

Eu: Renato, prepare os braços.

Ele: Porque, amor?

Eu: Porque você vai lavar esta assadeira, querido...

Ele: O que? Você estragou a assadeira da minha mãe, Tatiana?

Eu: Eu? Você deixa bananas torrando no leite condensado por 1 hora e eu estraguei a assadeira da sua mãe?

Ele: Eu não vou lavar assadeira não amor, lava você... por favor! Estou pedindo, amor!

Eu: Nã nã ni nã. vamos lá mãos à obra.

Ele: Então antes de lavar posso perguntar só uma coisa?

Eu: Fala.

Ele: Tipo, mais ou menos assim, quanto custa uma assadeira nova?

23 de outubro de 2009

Esquecer o funcionamento das coisas é super, suuuper normal.

Uma chuva torrencial. Das bravas mesmo. Com direito a trovoadas, piscadas de luz e tudo mais. Nessas horas costumo morrer de medo. E o medo é tamanho que simplesmente me esqueço de coisas básicas da vida, do Universo, da nossa existência. Tinha alguma coisa no forno esquentando. Bom, a luz pisca 2 segundos e volta....

Eu: Amor, será que o fogo apagou com esta piscada de luz?

Ele: Não. O fogo é gás!

Eu (tentando arrumar porque já tinha visto que falei cagada): Ah, é mesmo!!!! Mas é que tem uma tomada lá né.. então.... vai saber...

Ele: Isso, tem mesmo uma tomada. Mas a tomada não quer dizer que o forno tenha um mecanismo que ASSOPRA o fogo quando a luz pisca.

Eu: Ha-HA-HA imbecil. Eu sei.

Ele: Não. Você não sabia. Porque se soubesse não teria falado esta merda absurda.

Eu: Ok, eu não sabia. Mas você pode, mesmo assim dar uma conferida se não apagou?

Ele: Não precisa, Tatiaaaana....

Eu: Por favooooooor... não custa dar uma olhada.

Ele: Ok, eu vou dar uma olhada de imbecil. Mas sabe porque?

Eu: Hum?

Ele: Porque você é a prova concreta e sólida de que o chato seeeeeempre ganha do ruim.

19 de outubro de 2009

Sobre não fixar informações.

No carro.

Ele: Onde estamos indo mesmo, mor?

Eu: Estamos indo ao supermercado.

Ele: Verdade. Depois podemos passar na Tia Né, que tal?

Eu: Mas a Tia Né e Tio Mauro estão no Rio, lembra? Sua irmã e sua avó também foram!

Ele: Ah é verdade, eu sabia mas esqueci!

Entramos no mercado. Saímos do mercado em 20 minutos talvez.

Ele: Onde vamos almoçar?

Eu: Vamos no Japa?

Ele: Fechado, liga pra Dani, vê se ela tá afim!

Eu: Renato, vou perguntar uma só vez...onde está a Dani?

Ele: Ué como é que eu vou saber, ela é uma pessoa livre.

Eu: Eu num acabei de te dizer que eles estão no Rio?

Umas talvez três horas depois minha sogra chega em casa para pegar as crianças para passear.

Ele: Mã, quando a gente sair do Boteco a gente pega as crianças!

Sogrinha: Tudo bem, filho, sem pressa.

Ele: Amanhã almoçamos juntos?

Sogrinha: Claro, a gente combina de manhã!

Ele: Então avisa a vovó que eu passo para pegar ela.

Sogrinha: Não, filho! A vovó foi para o Rio com a Tia Né, você não sabia?

Ele (já rindo sabendo que falou besteira): Por que ninguém me disse nada?

Ai ai.

15 de outubro de 2009

Só um docinho sobre uma leitora querida.

Ela a quem sempre admirei estava na minha caixa de entrada. Porque ela escreve com um senso de humor incrível e um senso de realidade e percepção mais incríveis ainda. Estava aqui, bem na minha caixa de entrada ainda em negrito querendo só um pouco de atenção. E eu querendo muito dar atenção porque afinidade não explica.
Aliás é a primeira vez, inclusive, que escrevo sobre uma estranha. Mas uma estranha tão íntima que dá gosto, que dá vontade e que me faz saber que o caminho realmente é esse. Mas ela é uma estranha que sei que tem bons amigos, se não me engano conhece Roma e mora com os pais. Uma estranha que eu praticamente conheço. E sei que ela ri com o Diário e com o Rapidinhas e que reflete com o Coffee. Ela começou o email tão naturalmente que parecia um email da Carol, amiga de longa data, perguntando o que fazer sobre o namorado que tem 5 filhos de 4 relações diferentes. E acabo de me lembrar que ela jogava (ou é lutava) capoeira e que viajava em busca de emoções que embalassem melhor aquela tamanha energia que eu sempre tive a impressão ser energia de alma. Parece que ela quer sempre mais da vida e dos destinos (como eu) e que passa a vida assoprando para não arder demais. Ela terminou o email de forma tão calorosa que eu me senti super à vontade. Ela parou de escrever mas vai voltar! E eu estou aqui para confessar a minha absoluta ansiedade em rir novamente, inclusive, do fato dela gostar de Britney Spears e assumir isso com a maior simplicidade do mundo! E também para dizer que ela. Puts, ela é uma leitora muito especial!

13 de outubro de 2009

Sobre situações muito muito constrangedoras.

Aconteceu com um amigo. Segue abaixo a descrição da situação constrangedora!!
Se conheceram ali, na porta do banehiro da balada. Se beijaram, se enroscaram e decidiram que um motel não era nada demais já que os dois estavam a fim e eram bem resolvidos o suficiente para encarar o tesão dentro da situação de acabarem de se conhecer. E aí, um beijo pra cá, uma coisa pra á, ele achou que ela não era uma mulher muito flexível e parecia que alguma coisa nela rangia como porta! A cada um movimento ele percebia alguma coisa estranha. Quando de repente ela tira a blusa e ele se depara com o que, naquele segundo, parecia ser uma tragédia anunciada. Ela tem um braço mecânico.

Ele:
Ah....

Ela (acostumada com a reação): Você se importa com meu braço?

Ele (tentando disfarçar):
Imagina, claro que não.. quem se importaria afinal com um detalhe, né? Sem importância alguma....

Ela:
Não se preocupa, tô acostumada com a reação. Ninguém reage normalmente, não adianta.

Ele:
Imagina, eu nem estou reparando no seu braço... relaxa.. eu nem liguei mesmo.

Ela:
Se incomodar muito eu posso tirá-lo.

Ele:
Tirar o que?

Ela:
O braço, oras.

Ele:
Nãããããããããããão, fique com ele, por favor. Deve ser incômodo ficar sem.

Ela:
É.. de fato eu prefiro com braço, porque senão fico sem apoio.

Ele
: Ótimo.. então afinal.. onde paramos mesmo???

 
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